DOENÇAS | COQUELUCHE

A coqueluche consiste em uma infecção aguda do trato respiratório, que se inicia com sintomas leves das vias respiratórias superiores, evoluindo para paroxismos intensos de tosse, muitas vezes acompanhados por um guincho respiratório típico, podendo também ocorrer vômitos. A doença é causada por uma bactéria chamada Bordetella pertussis, altamente contagiosa em ambientes de alta densidade demográfica, podendo ser de extrema gravidade em lactentes com menos de um ano de vida. O período de incubação da doença é de 7 a 15 dias. Os sintomas da coqueluche clássica persistem por 6 a 10 semanas, contudo, mais da metade dos casos primários duram menos de 6 semanas e 1/4 dos pacientes apresentam tosse por 3 semanas ou menos. As complicações da coqueluche incluem convulsões, pneumonia e encefalopatia.

O tratamento consiste basicamente de antibióticos, sedativos e cuidados rigorosos da mãe ou enfermagem. O paciente deve ser mantido em ambiente calmo e ventilado. Os alimentos devem ser frios, semi-sólidos e em oferecidos em pequenas quantidades. Drenagem das secreções e uso de oxigênio úmido podem ser necessários.

A vacinação ativa contra a coqueluche implementada a partir da década de 40 levou ao declínio da incidência e da mortalidade pela doença, entretanto a coqueluche não foi erradicada nem tampouco deixou de representar um importante fator de mortalidade infantil.

A duração da proteção contra a coqueluche oferecida pela vacina é de cerca de 10 anos e adolescentes e adultos acabam sendo o “reservatório” da bactéria, muitas vezes sendo os contaminantes das crianças.

As vacinas contra coqueluche são combinadas com difteria e tétano, constituindo a chamada tríplice bacteriana, que devem ser aplicada em crianças e adultos.

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